A evolução tecnológica em 2025 traz consigo um cenário de ameaças cibernéticas cada vez mais complexo para empresas e instituições. Especialistas em segurança apontam que o roubo de identidade corporativa, com foco na apropriação de credenciais de acesso de funcionários, consolidou-se como um dos principais vetores de ataque. Incidentes recentes envolvendo vazamentos de dados e tentativas de invasão a sistemas críticos reforçam a urgência da questão.
Neste contexto, a compreensão das táticas utilizadas por agentes maliciosos é crucial para a implementação de defesas eficazes. Com base em análises e previsões da Okta, empresa líder em gerenciamento de identidade, apresentamos os quatro tipos de ataques de roubo de identidade que se destacam como ameaças significativas este ano, juntamente com as estratégias recomendadas para proteger as organizações e seus dados sensíveis.
1. Phishing Turbinado: A Fraude Ficou Mais Inteligente
O Ataque: O velho conhecido phishing (aquela tentativa de te enganar por e-mail, SMS, WhatsApp, etc., para pegar seus dados) continua firme e forte, só que agora mais disfarçado. Os golpes estão tão bem feitos que parecem comunicações legítimas, dificultando a identificação.
A Solução:
- Implemente autenticação resistente a phishing: Use métodos que realmente confirmem quem está do outro lado, como biometria (reconhecimento facial, digital) ou chaves de segurança físicas (como YubiKeys) e tecnologias como WebAuthN.
- Limite o acesso a dispositivos já conhecidos e registrados pela empresa.
- Evite depender de terceiros no processo de verificação de login.
2. Ataques via Dispositivos: Seu Celular ou PC na Mira
O Ataque: Os criminosos miram nos aparelhos (celulares, computadores) que seus funcionários usam. Eles enganam o usuário para instalar malware (um software malicioso) que rouba credenciais de login salvas ou digitadas, abrindo as portas para seus dados mais sensíveis.
A Solução:
- Para a Empresa: Use ferramentas que avaliem a segurança dos dispositivos que tentam acessar a rede da empresa. Libere o acesso apenas para aqueles que são conhecidos e estão em conformidade com as políticas de segurança.
- Para Todos (Funcionários): Reforce a segurança individual! Ative a autenticação de dois fatores (2FA) em TUDO que for possível. Use senhas fortes e únicas para cada serviço (um gerenciador de senhas ajuda MUITO nisso!).
3. Fraquezas nos Processos: A Engenharia Social Contra Seu Negócio
O Ataque: Nem só de tecnologia vive o hacker. Eles exploram falhas nos processos internos da sua empresa. Um exemplo clássico é se passar por um novo funcionário ligando para o suporte de TI para “tirar dúvidas” sobre sistemas e softwares, mas na verdade está mapeando como sua empresa funciona e procurando brechas. Cadeias de suprimentos (parceiros, fornecedores) também podem ser pontos fracos explorados.
A Solução:
- Verificação de Identidade Rigorosa (Identity Proofing): Confirme a identidade de novos funcionários ou de quem pede recuperação de conta usando documentos oficiais. Nada de confiar só na palavra!
- Treinamento Contínuo: Eduque sua equipe sobre segurança da informação, como identificar tentativas de engenharia social e a importância de proteger informações internas.
4. Ataques de Downgrade: Rebaixando Sua Segurança
O Ataque: Essa é sutil. O criminoso te convence a trocar um método de segurança forte por um mais fraco. Por exemplo, ele pode ligar se passando pelo suporte técnico e pedir para você remover um fator de autenticação “para resolver um problema”, quando na verdade está abrindo uma vulnerabilidade.
A Solução:
- Alerta Máximo contra Engenharia Social: Treine os funcionários para desconfiar de e-mails, mensagens, ligações ou sites que peçam informações sensíveis ou solicitem ações incomuns relacionadas à segurança.
- Autenticação Multifator Adaptável (MFA Adaptável): Implemente sistemas que analisam o contexto do login (localização, dispositivo, horário). Se algo parecer estranho (um login do Brasil e outro da Rússia em minutos), o sistema pode exigir verificações extras ou bloquear o acesso.