Sabrina Cabral é uma jovem de vinte e poucos anos que quer mudar o mundo. Entre um estudo e outro – ela cursa Engenharia Civil na Universidade Federal do Ceará – ela tenta usar suas habilidades para criar projetos de impacto social voltado para meninas, como ela, jovens e periféricas, que buscam apeanas uma oportunidade para protagonizar grandes histórias. Recentemente, Sabrina foi selecionada para um microfinanciamento concedido pelo programa MIT SOLV [ED], do renomadíssimo Instituto de Tecnologia de Massachusetts (EUA). Esse recurso será destinado a um projeto criado por ela, o Ruma.
Concebido há cerca de um ano, o projeto já impactou mais de 300 jovens por meio de atividades de protagonismo, sustentabilidade, saúde mental e empreendedorismo. “Percebi, ao longo da faculdade, que os espaços não eram feitos para as minorias sociais, principalmente dentro dos cursos de ciências e tecnologia. A elitização do ensino superior e a meritocracia afetam negativamente a saúde mental dessas juventudes, roubando delas o direito de resolver os problemas sociais”, lembra.
Para a concepção do projeto, Sabrina usou as metodologias ativas de aprendizagem do Programa de Aprendizagem Cooperativa em Células Estudantis da UFC (PACCE). “Se não fossem os dois anos dentro do PACCE, jamais saberia como mudar esse cenário. Nele eu recebi suporte para desenvolver minha criatividade e aprendi a valorizar a minha história a partir de estratégias educacionais“, revela.
Sobre os recursos provenientes do MIT, ela conta que quer inverter a lógica que, segundo ela, privilegia brasileiros brancos do eixo centro-sul do País em programas internacionais de apoio. “Durante os próximos três meses, utilizarei o recurso para investigar os fatores que impedem os grupos minoritários de avançar em locais de tomada de decisão, desde o acesso à informação até a criação de espaços de acolhimento para a juventude”, conta.
Questionada sobre o futuro, Sabrina Cabral revela ao DESLIGA TUDO que não sabe ao certo o que quer fazer da vida. Mas sabe exatamente como quer estar. “Sendo feliz com o que gosto de fazer”, finaliza.
+ Além do MIT SOLV [ED], o trabalho de Sabrina foi contemplado por outros programas para aceleração de projetos sociais, como o Prêmio Mude o Mundo como uma Menina, da plataforma educacional Força Meninas e o I London Leadership Competition.
Com informações da Universidade Federal do Ceará