Os setores culturais e criativos responderam por 3,11% das riquezas geradas no país em 2020, movimentando cerca de R$ 280 bilhões. O percentural é maior que o da participação no setor o automotivo, que respondeu por 2,1% das riquezas do país em 2020. Além disso, entre 2012 e 2020, o Produto Interno Bruto (PIB) da Economia da Cultura e das Indústrias Criativas (ECIC) apresentou crescimento superior (15,5%) ao PIB integral (1%).
As informações são de um novo indicador, lançado há poucos dias pelo Observatório Itaú Cultural, em parceria com pesquisadores da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), que vai monitorar a participação do setor no PIB. O novo modelo deve trazer dados confiáveis para orientar corretamente as políticas públicas.
O setor da economia da cultura e indústrias criativas engloba segmentos como moda, atividades artesanais, indústria editorial, cinema, rádio e TV, música, desenvolvimento de software e jogos digitais, serviços de tecnologia da informação dedicados ao campo criativo, arquitetura, publicidade e serviços empresariais, design, artes cênicas, artes visuais, museus e patrimônio.
“A nova plataforma traz a real dimensão da contribuição da cultura e das indústrias criativas para o desenvolvimento econômico do Brasil. Agora temos um indicador para nortear o debate. A economia da cultura e das indústrias criativas são fundamentais para a geração de emprego e renda no país”.
Eduardo Saron, presidente da Fundação Itaú
O desenvolvimento do indicador parte da percepção de que a produção de dados e estimativas econômicas confiáveis e comparáveis em âmbito internacional dos setores cultural e criativo no Brasil constitui um desafio contemporâneo. Esse monitoramente surge em um contexto de recriação do Ministério da Cultura, que anunciou R$2 bilhões em investimentos para o setor cultural
“CULTURAS E INDÚSTRIAS CRIATIVAS SÃO RELEVANTES E, POSSO DIZER, ESSENCIAIS PARA SE PENSAR EM ESTRATÉGIAS DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO NO MUNDO. ESSE SETOR ECONÔMICO É ABSOLUTAMENTE RELEVANTE SOBRETUDO PELO QUE O MUNDO VIVEU DURANTE A PANDEMIA EM TERMOS DE TRANSFORMAÇÃO DOS MODOS DE PRODUZIR E DE CONSUMIR”.
Leandro Valiati, Pesquisador
+ A mensuração do PIB das ECIC está acessível no Painel de Dados do Itaú Cultural. O Itaú Cultural lançou ainda a 34ª edição da Revista Observatório Itaú Cultural – organizada em torno do tema “PIB da economia da cultura e das indústrias criativas: abordagens teóricas e evidências empíricas”.
Com informações do Itaú Cultural e Agência Brasil